segunda-feira, 28 de maio de 2018

ERWIN KERCKHOFF

Erwin Carl Wolfgang Kerckhoff nasceu em Charlottenburg, província de Berlim (Alemanha), em 10 de setembro de 1886. Faleceu em 22 de julho de 1972, em Santa Maria de Jetibá. Primogênito de Max Kerckhoff (falecido em 1920) e Tereza Augusta Weitz, era originário de uma das mais tradicionais e antigas famílias da cidade de Weisel (importante cidade portuária às margens do rio Reno, no norte da Alemanha, próximo à divisa com a Holanda, a qual foi quase que inteiramente destruída durante a Segunda Guerra). Em Weisel e depois em Xanten, viveram várias gerações de antepassados de Erwin Kerckhoff cuja origem remonta ao século XVI. Em Xanten, a família Kerckhoff, teve destacadas funções sociais, políticas e religiosas, participando inclusive da reforma luterana, em Würtenberg (1517). No primeiro quartel do século XIX, o avô de Erwin, nascido em 1811 e chamado Heinrich Karl Kerckhoff, acompanha a família que se transfere para Berlim. É aí que se casa, em 1851, com Amália Foembsdorf e nascem seus quatro filhos Otto, Max, Paul e Moritz. Max Kerckhoff nasceu em 1855 e casou-se com Thereza Auguste Weitz, em 1884, de cuja união teve os filhos Erwin, Kurt e Paul.
Sophie Mielke Kerckhoff
Autor: Erwin Kerckhoff
Data: 1912
Dimensão: 11,5x16,5 cm
Acervo: Max Kerkhoff
Depois de ter cursado até o segundo ano de engenharia (ao que tudo indica, por imposição familiar), na Escola Politécnica de Berlim, mas amante das plantas, Erwin Kerckhoff decide emigrar para o Brasil. Embora não se conheçam os verdadeiros motivos que o trouxeram a terras tão distantes e de hábitos tão diferentes dos seus, embarca em Hamburgo, no vapor Cap Ortegal, chegando sozinho ao Rio de Janeiro, quando declara ser agricultor, conforme consta do Livro de Entrada de Estrangeiros n° 100, às folhas 38 (verso) e 39, a 1 ° de fevereiro de 1911.
Segundo familiares do fotógrafo, ele teria vindo visitar esse pastor, e não quis mais voltar. É provável que em cartas enviadas ao amigo, Grimm tivesse despertado a sua curiosidade para conhecer região ainda tão primitiva, mas de natureza generosa em beleza, diversidade de espécies vegetais e terras férteis - segundo hipótese levantada pelos familiares – (1) considerando que foi o próprio Hermann que o recepcionou, enviando um empregado para buscá-lo a cavalo em Santa Leopoldina, quando de sua chegada. Segundo o fIlho mais velho de Erwin, o pai declarava ter vindo para o Brasil por problemas de saúde. Mas a sua vinda pode ser atribuída, certamente, à propaganda do governo brasileiro, que propalava a distribuição de glebas produtivas aos imigrantes, no Espírito Santo. Erwin encontrava aí a possibilidade de adquirir uma propriedade agrícola, a preços módicos e para pagamento a longo prazo e em suaves parcelas, o que lhe permitiria concretizar o sonho de viver em contato com a natureza e trabalhar na própria terra. Vale ressaltar a situação difícil que vivia a Alemanha nessa época. Lá, boa parte da população só encontrava trabalho no campo, como empregada dos senhores feudais, recebendo, como assalariada, baixíssimos salários, o que afastava qualquer possibilidade de adquirir terrenos agricultáveis. E mesmo que a indústria vivesse em período de crescimento, conflitos sociais e uma política imperialista desencadeavam constantes lutas, que levariam a Alemanha àquilo que já parecia inevitável, a Primeira Guerra Mundial. (2) Viver na América significava também a possibilidade de escapar de um futuro tão incerto e tenebroso e até de uma possível convocação para as frentes de combate. O desconhecimento da maioria dos produtos aqui produzidos e a inexperiência com as tarefas agrícolas, a distância dos centros mais desenvolvidos, agravada pela falta de estradas, a natureza ainda pouco domada, as doenças tropicais e a falta de assistência médica, a alimentação à base de farinha de mandioca, fubá e feijão preto - muito diferente, portanto, daquela a que estava acostumado na Europa - e os escassos recursos concedidos pelo poder público aos imigrantes, não intimidam, mas parecem mesmo ter servido de desafio ao ilustre alemão, que decide ficar, para "viver livre e ser feliz", como revelaria mais tarde aos filhos.
Muda-se depois para a casa de Franz Saager, proprietário de uma loja comercial, onde atende a freguesia e trabalha como guarda-livros.


Else Mielke e Erwin Kerckhoff (sentados, no centro), imigrantes alemães, residentes em Santa Maria de Jetibá, filhos, netos e amigos; Marta e Max Kerckhoff, com a filha Érica (sentados à direita); Luiza Hermann Pietschink, e filhos (à esquerda); Else, paulo, Kurt e Henrique (atrás). Autor: Erwin Kerckhoff. Data: 1938. Dimensões: 12,8 x 17 cm. Acervo: Max Kerckhoff.
Amante da arte e conhecedor do ofício de fotógrafo já na Alemanha, é manejando uma pequena câmara e lidando com objetivas, chapas e químicas que trouxe consigo da Europa, que começa a trabalhar como autônomo no Espírito Santo. Desloca-se por toda a região de Santa Leopoldina, a pé, com o equipamento às costas, parando em todas as casas de imigrantes à procura de interessados em comercializar seus ícones. Fez retratos individuais e de famílias inteiras de pomeranos, além de mulheres grávidas, crianças, cenas domésticas e de trabalho, das primeiras gerações desses imigrantes no Brasil, inserindo às vezes os retratados num cenário ou numa ambientação ilusória, colocando atrás dos retratados uma colcha ou toalha branca bordada. Enquanto os homens que retratou apresentam trajes pesados e escuros, as mulheres e meninas assumem um ar ingênuo ou delicado, segurando nas mãos pequenos objetos ou buquês de flores. O pano de fundo é, quase sempre, a natureza, o jardim da própria casa, a plantação de café ou a nova moradia toda caiada de branco, com ampla varanda, construída pelo colono na gleba, sucesso que precisa ser mostrado a parentes e amigos. Esses ícones eram enviados à Europa ou permaneciam pendurados como decoração primordial nas paredes da sala da própria residência, causando deslumbramento e fascínio a algumas pessoas e estranhamento, repulsa ou preocupação a outras.
Fotografou inúmeras vezes também os filhos, esposa, outros familiares e amigos, inserindo-os num único bloco e fazendo parte ele próprio de muitas dessas imagens. Erwin Kerckhoff era tão inventivo e ousado para a época, que foi capaz de adaptar e mudar o sistema das câmaras fotográficas, além de criar dispositivos para disparar a câmara a um simples toque num fio de linha. Tal artifício permitia-lhe organizar o grupo de pessoas que queria retratar, focar e juntar-se ele próprio à cena, de onde acionava a câmara.
Já conhecido e conceituado entre os imigrantes de toda a região, (3) comprou depois um cavalo e um equipamento mais sofisticado, transportando o alforje com o material no lombo do animal, o que lhe permitia percorrer distâncias maiores, num raio que incluía Biriricas, Domingos Martins, Santa Leopoldina e Santa Maria de Jetibá. Atendia também a encomendas para documentar casamentos e batizados nas igrejas de toda a região, viajando às vezes cerca de dez horas por picadas abertas na mata, permanecendo fora de casa por mais de quinze dias. Revelava depois os filmes e ampliava as fotografias num laboratório improvisado num quarto, em sua residência. O material para isso era trazido do Rio de Janeiro até Vitória por casas especializadas. Para adquiri-lo Kerckhoff fazia parte da viagem a cavalo e depois de barco. A iluminação era feita com uma lamparina de azeite ou querosene, com um vidro vermelho, que antecipa a atual lâmpada vermelha. Concluído o trabalho, empreendia o mesmo trajeto difícil para entregar os retratos aos fregueses.
A ousadia de suas composições, a perfeição de seus retoques e o efeito inusitado dos contrastes de luz e sombra que obtinha, podem ser observados, ainda hoje, graças à perfeita definição das imagens que produziu, mesmo considerando que as fotos foram guardadas indevidamente ou estão hoje mal-acondicionadas. Isso permite colocar esse alemão, que deve ser inserido na galeria dos grandes artistas-fotógrafos que atuaram tanto no Estado, no inicio do século XX, como um dos maiores retratistas do seu tempo.
Embora não desistisse do sonho de tornar-se um agricultor bem sucedido, o trabalho na lavoura será atividade secundária em relação à fotografia. Assim, ao casar-se, em 1912, em Biriricas, no município de Santa Leopoldina, com Sophie Luise Auguste Milke (nascida em 1891, em Santa Leopoldina), com a qual teve sete filhos (4), declara exercer a profissão de artista, conforme consta do livro n. 3 de Registro de Casamento, à folha 53, em 18 de maio de 1912. O casal passa a viver em Santa Maria de Jetibá, uma vez que, com as parcas economias, consegue comprar e pagar, gradativamente, com o trabalho, uma gleba naquela localidade, apenas um ano depois de chegar ao Brasil. A partir daí a atividade de fotógrafo passaria a ser dividida com a de pesquisador agrícola: ele se aventura a cultivar produtos totalmente desconhecidos no Brasil do seu tempo, como veremos.
Residiu, no período de 1919 a 1923, na Fazenda do Carrero, de propriedade de Francisco Antonio de Almeida (distante cerca de 3 km ao sul de Santa Leopoldina), da qual foi administrador.
Com a morte da esposa, em 18 de maio de 1923, contrai segundas núpcias, poucos meses depois, com Else Milke (irmã de Sofia, nascida em 1888).(5) Dessa união, nasce-lhe mais um filho, Henrique.


Banda de música de Santa Maria de Jetibá (primeiro, sentado à esquerda é Max Kerkhoff). Autor: Erwin Kerckhoff. Data: cerca de 1947. Dimensões: 8,5 x 13,5 cm. Acervo: Max Kerkhoff.
Em Santa Maria de Jetibá, na época formada apenas por quatro famílias de imigrantes (a do comerciante Frederico Grulke, a do pastor evangélico Roelke, a de Augusto Jacob e a do próprio Kerckhoff), torna-se também professor, ensinando alemão e outros conhecimentos aos filhos dos imigrantes. Ensinou também em São Sebastião, para onde se dirigia diariamente percorrendo uma distância de 9 km a cavalo, uma vez que até 1928 não havia nenhuma escola pública na região. Com a chegada, naquele ano, da primeira professora brasileira, a língua portuguesa começou a ser ensinada aos filhos dos colonos, que até então só falavam e escreviam o alemão, ensinado pelo pastor na igreja e pelos pais. Na mesma época (1927), o comerciante Frederico Grulke abriu uma estrada de 12 quilômetros, ligando Santa Maria de Jetibá a Caldeirão, onde já existia outra que ligava Santa Teresa a Itarana, para poder escoar o café da região até o porto de Santa Leopoldina, através de um pequeno caminhão Ford, que transportava apenas 15 sacas por viagem. Tal empreendimento acarreta grande expectativa de desenvolvimento na região e de melhores condições de vida para os colonos. Como o negócio era rentável, Grulke adquire outro veículo Saurer, que transportava mais do dobro de sacas do produto, no entanto, com a crise do café, gerada pela queda da bolsa de valores de Nova Iorque, o empreendimento fracassou, gerando decadência geral da lavoura e do comércio daquela região, o que torna mais escassos também os trabalhos do fotógrafo.
Mesmo dedicando-se a outras atividades, depois de casado, foi principalmente como fotógrafo que continuou a manter a família, uma vez que era o único profissional em exercício na região de Santa Maria de Jetibá, intercalando nessa trajetória períodos de intensa atividade e bons lucros com outros de crise financeira, em razão da diminuição das encomendas.
Até o final da década de 20, a inexistência de estradas, a distância dos centros consumidores maiores e os empreendimentos agrícolas nem sempre bem-sucedidos, fizeram com que a fotografia continuasse sempre a ser exercita como ofício e como hobby. Os atributos visuais da obra fotográfica de Kerckhoff são hoje de suma importância tanto por seus inegáveis valores artísticos, como pelo seu poder de congelar e perpetuar histórias de vida e aspectos da cultura dos pomeranos.


Else Mielke e Erwin Kerckhoff (sentados no centro) e filhos Henrique e Else, na frente; Max, Luisa, Paulo e Kurt, atrás. autor: Erwin Kerckhoff. Data: c. 1928. Dimensões: 8,5 x 13,7 cm. Acervo: Max Kerckhoff.
Depois de se instalar no Brasil, Kerckhoff viaja uma única vez à Alemanha, em 1928, para visitar a mãe e outros familiares e para pesquisar novos processos fotográficos e técnicas agrícolas, ausentando-se do país que adotou como pátria cerca de quatro meses.
À medida que os filhos cresciam, passavam a ajudar e a substituir o pai na lavoura em Santa Maria de Jetibá, onde plantavam verduras, legumes, café, milho, feijão e criavam alguns animais (porcos, galinhas, cavalos e vacas), para ter leite e carne para o próprio consumo, vendendo o excedente. Na esperança de ampliar e diversificar a produção, visando a obter melhor renda, em razão da crise do café, Erwin Kerckhoff, seguindo os passos de outros colonos, muda-se, em 1932, para a região de Pancas, ao norte de Colatina, onde inicia a atividade de apicultor. O empreendimento não dá resultados satisfatórios, apesar do empenho do alemão, que sobe e desce os terrenos íngremes e percorre longas distâncias no meio da mata, com as caixas dos apiários às costas, à procura de flores para a sobrevivência das colméias. Decepcionado com a perda das abelhas, tanto pela insuficiência de flores, como pelo ataque de predadores, volta a Santa Maria de Jetibá, empregando-se na casa comercial de Emílio Arnholz, enquanto os filhos plantam o terreno com couve-flor. Os Kerckhoff foram os primeiros a produzir esse gênero hortícola no Estado, com sementes enviadas por parentes da Alemanha e aclimatadas por Erwin no seu "laboratório de experiências". As hortaliças eram trazidas pelo fotógrafo, a cavalo e de barco, para Vitória e vendidos de porta em porta a uma clientela de empresários ricos, como a família Hilal, uma vez que o produto era totalmente desconhecido pela maioria da população. Por sua atividade comercial e profissional, tornou-se amigo de personalidades como Carlos Lindenberg e Jones dos Santos Neves, que o estimulavam e ajudavam a divulgar a novidade.
A família Kerckhoff não desistiu de acreditar nos resultados que poderia obter com a plantação desse e de outros produtos. Apesar dos tempos difíceis que enfrentou no início, tornou-se, em pouco tempo, a maior produtora de couve-flor no Estado. Foi ela também a primeira a plantar eucalipto na região de Santa Maria de Jetibá, inserindo as mudas nos locais de desmatamento. Kerckhoff ensinava aos imigrantes a importância de preservar a mata nativa, alertando inclusive para o seu papel na manutenção dos rios e de outros mananciais.
Durante a permanência em Vitória para comercializar as hortaliças, o estudioso, e líder mais bem preparado entre os imigrantes, Erwin Kerckhoff comprava material fotográfico e procurava se abastecer de soro antiofídico e outros medicamentos que completavam uma caixa de primeiros socorros, aplicando-os ele próprio muitas vezes nos agricultores da região, salvando assim muitas vidas. Até então, morreram muitos pomeranos, por desconhecerem meios eficazes de defesa contra as picadas de cobra.


Sofia Mielke e Erwin Kerckhoff (sentados, no centro) e filhos Else, Max, Luisa, Paulo e Kurt. Autor: Erwin Kerckhoff. Data: c. 1920. Dimensões: 8,7 x 13,7 cm. Acervo: Max Kerckhoff.
Nos anos 40, Florêncio Berger, comerciante e proprietário de grande extensão de terra na região de Santa Maria de Jetibá, começou a comprar os produtos cultivados pelos pequenos produtores, trazendo-os diretamente para o mercado da Vila Rubim, o que estimulou o plantio de maiores áreas e diversidade de verduras, legumes e frutas e proporcionou melhores condições de vida aos agricultores.
Embora nunca revelasse vocação para a agricultura, preferindo o trabalho como fotógrafo, Erwin estimulava os filhos a permanecer como lavradores em glebas próprias. Ensinava-lhes que a verdadeira felicidade só seria encontrada por eles no trato com a terra, razão porque não os incentivou a continuar os estudos.
Homem letrado, cultivou o gosto pela leitura e manteve em sua casa na zona rural de Santa Maria de Jetibá uma biblioteca, com um número respeitável de obras de várias áreas de conhecimento. Muito dedicado e organizado, catalogou e numerou os negativos fotográficos, o que facilitava o seu trabalho quando algum cliente lhe solicitava alguma cópia. Esse acervo, no entanto, se perdeu quase inteiramente, uma vez que não foi conservado pelos filhos, encontrando-se hoje em acervos particulares.
Criativo, inteligente e trabalhador, Erwin não se conformava com os primitivos implementos agrícolas utilizados em suas lavouras pelos vizinhos pomeranos. Procurou aperfeiçoar técnicas, criou e instalou equipamentos, quase sempre inventados por ele, entre os quais uma rede elétrica, puxada da usina Santa Maria, distante cerca de dois mil metros de sua propriedade agrícola. Como o sistema utilizado não rendesse resultados muito satisfatórios, uma vez que não movia todos os equipamentos, construiu um gerador de energia elétrica, movido a óleo, mas capaz de fazer funcionar um moinho de fubá. Inventou também pequenos geradores elétricos, a partir de baterias de automóveis que foram instalados em casas de colonos vizinhos. Construiu ainda um pluviômetro para medir a quantidade de chuva que caía a cada ano, com anotações registradas minuciosamente num caderno, para que assim pudessem estudar os produtos que poderiam plantar com melhores resultados. Como os colonos da região tinham muita dificuldade para se orientar, uma vez que não possuíam meios de saber as horas exatas do dia, improvisou um relógio de sol com uma armação de madeira.
Para aumentar um pouco a renda familiar, vendia também certidões de batismo, ilustradas por ele com decalques que mandava imprimir. Colocava as certidões em envelopes decorados, que eram adquiridos pelos padrinhos para serem oferecidos como lembrança aos afilhados.
O sítio comprado e formado por Erwin Kerckhoff em Santa Maria de Jetibá é ainda hoje propriedade mantida pelo seu filho mais novo, Henrique, que ali reside.
Notas: (1) Depoimento de Max Kerckhoff (filho mais velho de Erwin), à autora, em 12 de fevereiro de 1999.
(2) Foram convocados para a Guerra os dois irmãos de Erwin Kerckhoff, Kurt e Paul, ambos falecidos em combate.
(3) Desde 1847 ,viviam na região de Santa Leopoldina e Santa Isabel as primeiras famílias de imigrantes alemães originárias do Reno. Na década seguinte, embora a população da região fosse constituída em sua maioria por alemães vindos de diferentes localidades, havia também suíços, franceses, holandeses, tiroleses, luxemburgueses, belgas, entre outros. Nas décadas de 1870 e 1880, os pomeranos chegaram em grande quantidade, contribuindo com seu trabalho, perseverança e capacidade no trato e manuseio do solo, para dar novo alento à colônia, segundo Ernst Wagemann. A Colonização alemã no Espírito Santo, 1949, p.24 e seguintes.
(4) São eles: Max (ou Maximiliano), Luíza, Paulo, Kurt, Elza, Theresa (falecida com apenas 2 anos) e Karl (falecido pouco depois do nascimento, bam como sua mãe). Max reside em Vila Velha. Além de agricultor, atuou também como fotógrafo, profissão que aprendeu com o pai ainda na infância. Kurt (falecido), deixou o filho Ademar, advogado e avicultor. Luiza casou-se com o maestro Hermann Miertschenk e tem o filho Hans, pastor luterano, em Califórnia, município de Domingos Martins.
(5) Sophie e Else Mielke eram netas dos primeiros imigrantes pomeranos que chegam a Domingos Martins. Filhas de Carlos Mielke, pomerano, e Luísa Becker, alemã da Renânia.
Referência: LOPES, Almerinda da Silva. Memória aprisionada: a visualidade fotográfica capixaba, 1850/1950. [Vitória, ES?]: EDUFES, 2002.
Fontes: Arquivo particular de Max Kerckhoff. Depoimento falado e escrito de Max Kerckhoff (filho de Erwin), à autora, em 12.02.1999.

Schwarz, Francisco. Famílias de Santa Leopoldina. s.l.p., 1994.


2 comentários:

  1. É muito alentador conhecer uma trajetória tão profícua e vitoriosa neste mundo de tantas inconsequências.

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  2. Boa tarde se possível poder me ajudar o sobrenome kerckhoff e kerkhoff são a mesma família pelo que ouvi dizer e um erro de digitação

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