domingo, 27 de maio de 2018

RIZIERE MODENESI

Nasceu em Conde D'Eu, Santa Cruz, município de Ibiraçu, em 27 de setembro de 1898. Faleceu em Vitória, em 14 de julho de 1970. Sexto filho dos italianos Judith Del Piero, natural de Roveredo, Trento, a qual chegou ao Brasil em 27.09.1877, com 13 anos de idade, e de Francesco Modenese, natural de Gaiarine, Treviso. Este chegou ao Brasil em 22.02.1880,  com 18 anos de idade, fixando-se em Ibiraçu, onde abriu uma indústria de cerveja. Judith e Francesco se casaram em Conde D'Eu, Ibiraçu, em 1883, e tiveram nove filhos: Fioravante Modenesi, Fiorina (Nina) Modenesi Gratz, Hermínia Modenesi Wanderley, Terezinha Modenesi Redivo, Angelina Modenesi Pratti, Rizieri Modenesi, Yolanda Modenesi Faustini, Achiles Modenesi e Helena Modenesi Pereira. Rizieri Modenesi casou-se em Ibiraçu, em 1930, com Josina Bustamante Modenesi (1911-1997). Dessa união nasceram os filhos: Nelly Modenesi Martins da Cunha, Ney Bustamente Modenesi (1933-1998), Agostinho Bustamente Modenesi e Marcos Antônio Bustamante Modenesi.
Profissionalmente, Rizieri atuou como radiotelegrafista da Estrada de Ferro Vitória/Minas (hoje Companhia Vale do Rio Doce), desde os 15 anos de idade. Homem inteligente e curioso, revelou, desde a juventude, talento inventiva. Embora não fosse um homem letrado, era bem-informado e fascinado por história. Mas não escondia seu fascínio pela eletricidade e pelos avanços que a descoberta desta proporcionou. Interessou-se por aparelhos e painéis de energia elétrica, o que lhe permitiu consertar peças como bobinas, montar e desmontar antigos rádios, atividade que o encantava. Usava para isso ferramentas construídas por ele, a exemplo do próprio ferro de soldar. Interessou-se também por música clássica, apreciador, entre outros, de Beethoven, Mozart, Bach e Verdi. 
Dedicou-se também à fotografia, como amador, desde os anos 30, hobby que cultivou e aperfeiçoou, convivendo com os mais destacados profissionais de Vitória, da época, entre Alfredo Mazzei e Jamil Merjane, com os quais tomava conhecimento da evolução dos equipamentos e materiais, bem como da melhor maneira de utilizá-los, como com relação aos fotômetros e telêmetros. Revelava os próprios filmes, num laboratório caseiro, preparando os banhos, com uma qualidade tal que o acervo de imagens de sua autoria permanece intacto, sem sofrer qualquer alteração na definição das imagens. Construiu o próprio ampliador fotográfico. Dedicou-se especialmente aos retratos de familiares.
Referência: LOPES, Almerinda da Silva. Memória aprisionada: a visualidade fotográfica capixaba, 1850/1950. [Vitória, ES?]: EDUFES, 2002.
DERENZI, Luiz Serafim. Os italianos no Estado do Espírito Santo. Rio de Janeiro, Artenova, 1974, p.169.
Fontes: Biografia fornecida à autora por NelIy Modenesi, filha do fotógrafo, em 15.07.99. Depoimento do Dr. Agostinho Bustamante Modenesi, à autora, em 28.07.99.


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