MAXIMILIANO KERCKHOFF

E mais conhecido como: Max. Filho de Erwin Kerckhoff e Sophia Mielke. Nasceu a 19 de março de 1913, em Santa Maria de Jetibá.

Aprendeu a fotografar, a revelar e a reproduzir fotografias ainda na infância, como auxiliar do próprio pai. Na juventude, realizou a atividade de fotógrafo, trabalhando sozinho, deslocando-se a pé e a cavalo por diferentes localidades do Espírito Santo para fazer retratos e reportagens de casamentos e batizados. Viajava por regiões distantes para não fazer concorrência ao pai e a um irmão, igualmente fotógrafos. No entanto, a profissão de fotógrafo foi soterrada gradativamente pela de horticultor e fruticultor. Continuou a fotografar como amador, fixando paisagens, plantações e fazendo retratos de parentes e amigos. Mas aceitava encomendas, tanto de retratos como para registrar cerimônias de casamentos, batizados e festas religiosas ou outros eventos sociais.

Casou-se, em 1937, com Marta Küster, dedicando-se, a partir daí, quase exclusivamente, à agricultura na região de Colatina, Rancho Fundo (hoje São Domingos), Mutum Preto, Córrego Seco (região de Santa Teresa), Pancas e Santa Maria de Jetibá, onde atuou como meeiro, até que pôde comprar a própria terra. Foi como agricultor que criou e educou os seis filhos: Erika, Helmut, Bruno, Werner, Erwin e Evelina.

Na região de Pancas, instalou um viveiro de mudas de laranjeira e, na década de 40, destacou-se como produtor de tomate e batata, o que lhe garantiu renda suficiente para comprar tem. Na região de Santa Maria de Jetibá. Nesta última localidade, foi tabelião e oficial de justiça, de 1950 a 1957, nomeado titular de cartório pelo governador Jones Santos Neves. Desistiu da concessão, alegando não ter nenhuma vocação para o ramo e por preferir continuar trabalhando como agricultor em suas terras.

Na década de 70, passa a residir em Vila Velha, dedicando-se ao ramo de cultivo de flores, juntamente com a esposa e os filhos.

Referência: LOPES, Almerinda da Silva. Memória aprisionada: a visualidade fotográfica capixaba, 1850/1950. [Vitória, ES?]: EDUFES, 2002.

Fonte: Depoimento oral e escrito à autora, em sua residência em VIla Velha, 12.2.1999.