Nasceu em Muqui, na fazenda São Luís, em 1900. Faceleu na mesma idade, em 1982. Casou-se com Magnólia Mamari.
Até a década de 40, atuou como vendedor ambulante. Nos anos 50, passou a se dedicar também à fotografia, depois de receber orientação do próprio filho, Paulo Mamari, que aprendeu a fotografar e a processar as imagens com o primo Orlando Bittencourt. Montou um estúdio na sala de sua própria residência. Preparava os banhos químicos para revelar os filmes, fixar e reproduzir as fotografias num laboratório próprio, improvisado num outro cômodo da casa, passando a atuar como fotógrafo profissional. Durante algum tempo, foi o único fotógrafo da cidade de Muqui. Coloria e retocava os retratos artesanalmente, usando aquarelas importadas, em cuja tarefa era auxiliado pela esposa.
Deslocava-se, de trem e a pé, por todos os municípios, povoados e fazendas da região para tirar retratos e fazer reportagens de casamentos, aniversários, festas religiosas, bailes de debutantes, reuniões políticas, registros policiais.
Referência: KOSSOY, Boris. Dicionário histórico-fotográfico brasileiro: fotógrafos e ofício da fotografia no Brasil (1833-1910). São Paulo: Instituto Moreira Salles, 2002.
Fonte: Depoimento de Magnólia Mamari, viúva do fotógrafo, à autora, em Muqui, em 16 de abril de 1999.
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